Olá! Segundo
post, apesar de ser o primeiro que fala de algo de fato. Escolhi um disco que
gosto bastante pra inaugurar: “Venus and Mars” da banda de rock inglesa Wings,
Pra quem não
conhece a banda, foi formada pelo ilustríssimo Sir. Paul McCartney em 1971 e
permaneceu em atividade até 1981.
Bem, vamos ao disco.
Lançado em 30 de
maio de 1975, Venus and Mars é o quarto álbum do Wings.
A primeira música é a pequena faixa-título que
vem com a idéia de um show e seus preparativos, passando de maneira espetacular
para “Rockshow”, a segunda faixa. Um rock genuíno e autentico, essa música ao
vivo é simplesmente contagiante. Vale a pena conferir o show de mesmo nome, que
infelizmente ainda não foi lançado oficialmente em DVD, completo e com imagem
invejável.
Em seguida começa “Love in song”, música essa
bastante agradável aos ouvidos, suave e melodiosa. Anuncia uma certa psicodelia
mas quando o refrão entra, a melodia é forte casando perfeitamente com a
harmonia, mas a psicodelia some. É dada assim então uma certa calmaria depois
da porrada de “Rockshow”.
“You gave
the answer” é a quarta faixa. Impressionante a atmosfera que McCartney criou
nessa canção. Parece uma música dos anos 30 ou 40. A harmonia, melodia, efeito
na voz, arranjos, tudo parece ambientar essa época.
A quinta música é “Magneto and
Titanium Man” que fala de personagens de história em quadrinhos. O
desenvolvimento é bem legal. Ela tem um ritmo meio frenético, mas não tão
acelerado. A melodia é meio jogada na forma de fala, mas intercala com outra já
bem estruturada. Podemos ouvir ainda um pequeno solo de guitarra lá pelo meio
da música.
A sexta é “Letting go”. A guitarra entra
de forma mais intensa e expressiva, e ao longo da canção ouvimos solos
intercalados à voz. A música é ótima,
mas tem uma atmosfera um pouco pesada, talvez pelo reverb na voz ou pelo
sentimento que ela passa, ou pelos dois. Mas isso não deixa de ser um marco
importante, o que talvez faça dela uma ótima canção.
Temos então “Venus and Mars”
novamente, mas a letra e o desfecho são diferentes. Esse final cria outra
atmosfera, até porque a música que se segue tem uma pegada completamente
diferente de “Rockshow”.
“Spirits of anciant Egypt” é a número 8. Quem faz a voz principal nessa é o
Denny Laine, apesar da música ser do Paul. Ela começa bem calminha, mas depois
entra um rock n´’ roll bem sincopado graças em grande parte a melodia do baixo.
Entra então o Paul na voz principal no refrão e a pegada muda, mais levinha,
lembrando um pouquinho o começo da música, para enfim voltar para o rock n’
roll sincopado e por aí vai.
A nove é “Medicine Jar” que foi
escrita pelo guitarrista Jimmy McCulloch em parceria com outro
músico fora do Wings. É cantada pelo próprio Jimmy. Guitarras e efeitos
predominam nela. Considero uma boa canção, mas não tão forte como as
composições de McCartney. Ainda sim uma boa canção.
Com “Call me back again”, Paul
retorna com sua maneira extraordinária de compor e com sua voz atuando de forma
fantástica, jogada, largada e ao mesmo tempo bem direcionada.
Onze é o número de “Listen to what
the man said”, que fez algum sucesso na época. Possui arranjos marcantes,
melodia forte, harmonia simples, mas bem estruturada e é bem animada.
“Treat her gently/Lonely old
people” entra bem com o final da faixa anterior. Talvez poderia ter sido até
mais conectada formando um medley de três músicas e não duas, apesar de que
nessa faixa uma música muda pra outra de forma tão sutil que poderia ter um
nome só. Pra mim é uma única música, muito bonita por sinal.
A última é “Crossroads”, tema
de uma novela britânica. Não foi composição de nenhum dos Wings. Boa
composição, tem cara de tema mesmo, parece um hino.
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